Recebi um e-mail onde me pediram para definir em palavras o amor que habita o coração humano... Eu nunca soube de fato a sua real e fiel definição. Para ser sincero, acredito que a inteligência humana, mesmo em sua plena atividade, é incapaz de defini-lo com a exatidão merecida...
Posso apenas sugerir que ao invés de buscar a melhor definição, procure senti-lo como eu tenho feito...
Eu o sinto na saudade... Muitas vezes o vivencio no sorriso... Já o perdi com o choro e o resgatei quando decidi levantar-me outra vez...
Na juventude, na fase inicial, eu o movimentei com grande curiosidade...
O tempo passa e em meio às diversas desilusões, o enterrei algumas vezes...
Ele insistiu em ressurgir... Ele faz de mim um ser mutante... Já amei quem um dia odiei... E odiei quem um dia eu amei...
O amor traz lembranças resgatando um passado distante... Resgata-nos como crianças quando compartilhamos com ele o nosso presente... Traz calafrios só de imaginarmos um futuro solitário, com ele ausente...
Ele traz fragilidade... E dessa fragilidade desperta em nós a origem de um “deus” guerreiro, com força necessária para transformar um mundo inteiro naquilo que desejamos...
Ele também traz verdade... A verdade que as vezes machuca, que nos faz recolhermos em nosso mundo oculto...
Já foi descrito como fogo que arde sem se ver... Comparado com a pureza das águas que banham e sustentam a vida neste mundo...
Eu não posso defini-lo, quanto homem... Pois como homem sou falho...
Mas como tal, posso senti-lo... E quando me misturo a ele, não me sinto “eu”, mas me sinto “nós”...
Daniel Caldeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário