Chora uma mulher a dor de ter perdido a sua filha... Chora a criança que sozinha ficou neste mundo, sem a proteção de seus pais... A água da chuva mistura-se à água das lágrimas... Eram duzentos... Hoje? 630 mortos... Amanhã não sabemos... A revolta da natureza impiedosa com a interferência do homem revela sua fúria... Ela não distingue o injusto do inocente... Ela apenas atua da forma que pode... Diante de tal força, nos sentimos pequenos... Um mundo se acaba... Não renascemos das cinzas por não haver fogo, mas voltamos ao barro que nos originou... E deste barro trazido pelas águas, tentamos nos reerguer... Nosso país paralisa-se diante tamanho prejuízo... Prejuízo este não simplesmente financeiro, mas de vidas inocentes... O tempo nos dirá o real motivo de tamanha violência... Eu choro a dor daqueles que vivenciam a devastação de perto... Choro com menor dor, mas com similar sinceridade...
As chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro mataram no total 630 pessoas, num período de sete dias... Mesmo tempo que foi gasto para que Deus criasse o mundo e o homem... O que tudo isso está querendo nos ensinar?
Acredito muito na capacidade de construção do ser humano... Podemos nos sentir pequenos diante de tal catástrofe, mas somos infinitamente grandes... Com toda a força cruel que exerceu a natureza sobre a vida, a irmandade destes homens também surgiu entre a escuridão dos detritos ocasionados pela tragédia... Pessoas voluntariamente predestinaram-se a salvar aqueles que ainda carregavam no peito o sopro da alma... Mobilizaram-se irmãos de todos os cantos do país, recolhendo alimento, água potável e material de higiene para suprir as necessidades imediatas daquele povo que sofrera na pele os sete dias de destruição...
Torna-se um pouco de Deus aquele que resolve manifestar-se no caminho do bem... Torna-se um pouco de anjo aquele que guerreia e vence a batalha com o amor ao próximo... Torna-se eterno o homem que deixa de pensar em si, para ajudar aqueles que realmente precisam...
O Deus que habita em mim, saúda o Deus que vive em você – e que por sinal é o mesmo!!!
Pensem nisso...
Daniel Caldeira
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