quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Escrever: Arte da vida... Transcrição de pensamentos... Desenhos da fala...

Tantos são os imortais do universo escrito e registrado em livros e diários... As escrituras permanecem...  Nosso entendimento diante delas varia com a idade que adquirimos... Como disse o escritor e jornalista Lucius de Mello: Dom Casmurro de Machado de Assis torna-se dois livros bem diferentes: Um quando o lemos aos 14, outro quando o relemos aos 30.
A literatura e a vida são de fato a transformação que por si já nos movimenta... Consultei a sabedoria de Fernando Pessoa sobre essa constante mudança que trazemos na alma:
 “Tudo quanto vive, vive porque muda; muda porque passa; e, porque passa, morre. Tudo quanto vive perpetuamente se torna outra coisa, constantemente se nega, se furta à vida”.
Talvez tenhamos a necessidade absoluta da mudança... Não pelo capricho desmedido, mas pela dinâmica do próprio conhecimento... A mudança medida pelo equilíbrio é a transformação saudável... Extremamente necessário conhecer o doce e o azedo, a luz e a escuridão... Não somos um... Somos vários...
“Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente”  ( Ferreira Gullar)
A parte que mais gosto de mim, é a parte que sabe amar... O que talvez me leve à imortalidade... E não se é imortal sozinho... Não quando se escolhe o caminho do amor:
“Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza”. (Pablo Neruda)
Talvez eu esteja na melhor fase da minha vida. Tenho viajado e me aventurado pelo mundo de muitos escritores. Como escritor aprendiz, sobrevoar o mundo desses mestres com as asas de amor e desejo descritas por Johann Goethe quando nos ensina que “O amor e o desejo são as asas do espírito das grandes façanhas”, faz de mim um sonho em manifesto.
Segundo W. Shakespeare, “Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia”. Que este mesmo amor não falte em meus textos, nunca...
Procuro ser “partes” que se entendem...
"Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem." – (Ferreira Gullar)
As ferramentas que nos foram entregues são capazes de medir nosso mundo... Na literatura, o mundo pode adquirir o tamanho que seu escritor desejar. Não pelo capricho de sentir-se um deus, mas pela missão de poder felicitar a vida!!!
Daniel Caldeira

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